O Projeto de Lei 70/2014, apoiado pela Humane Society International, foi aprovado em votação no plenário do Senado Federal, avançando para última etapa legislativa

Humane Society International


HSI

BRASÍLIA—Depois de quase uma década no Congresso Nacional, o Projeto de Lei 70/2014, que visa a proibição federal de testes em animais para cosméticos no Brasil, foi aprovado hoje no Senado. O texto substitutivo do projeto de lei representa o trabalho conjunto da Humane Society International (HSI) e da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e obteve apoio do senador Alessandro Vieira, senadora Eliziane Gama, senador Nelsinho Trad, dentre outros. A campanha Liberte-se da Crueldade Brasil, lançada em 2012, liderada pela HSI no Brasil e em parceria com a ONG Te Protejo, entregou mais de 1,6 milhão de assinaturas ao presidente do Senado, demonstrando o apoio dos cidadãos que reivindicaram a rápida votação desse projeto de lei.

A HSI, em cooperação com a ABIHPEC, adequou a redação do projeto de lei para refletir as melhores práticas internacionais sobre avaliação de segurança de cosméticos sem animais. Um consenso foi alcançado entre as partes interessadas, destacando que os testes de cosméticos e seus ingredientes em animais eram desnecessários, levando à votação, por unanimidade, do texto substitutivo do projeto de lei.

Antoniana Ottoni, especialista em relações públicas da HSI, disse: “Atingimos um marco significativo hoje. Depois de quase uma década no Congresso, conseguimos levar esse projeto para votação no plenário do Senado Federal. Estamos muito satisfeitos em ver este projeto de lei avançando novamente. Este foi um esforço conjunto entre HSI, ABIHPEC e parlamentares que apoiam esta mudança. Agradecemos ao Presidente do Senado por defender este projeto de lei, juntamente com todos os Senadores que continuam a reforçar esse tema no Congresso. Estamos ansiosos para ver essa matéria completar seu trâmite e, finalmente, se tornar uma lei federal”.

Senador Nelsinho Trad (PSD/MS) disse: “É nosso dever proteger os animais. Fico feliz em endossar esta matéria e movimentar o Senado Federal em favor da causa. Agora, instamos os colegas da Câmara dos Deputados a analisar o texto substitutivo e aprová-lo o quanto antes”.

Os próximos passos serão a discussão e votação na Câmara dos Deputados e, por fim, a sanção presidencial, o que pode tornar o Brasil o 43º país a proibir testes cosméticos em animais no mundo.

Fatos:

  • Testes cosméticos continuam submetendo coelhos, porquinhos-da-índia, ratos e camundongos a testes de irritação e corrosão ocular e da pele, toxicidade aguda (LD50), entre outros, sem nenhum alívio para a dor. As consequências deste tipo de experimentação são lesões permanentes na pele, cegueira, estresse, intoxicação e morte.
  • Em todo o mundo, 42 países já proíbem testes em animais para fins cosméticos, dentre eles a Índia, Noruega, Suíça, Coreia do Sul, Austrália, Colômbia, México e os pertencentes à União Europeia. No território nacional, o Distrito Federal e 12 estados da federação já têm leis estaduais que proíbem esses testes: São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Amazonas, Pará, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Espírito Santo, Acre e Paraíba. O texto substitutivo do Projeto de Lei 70/2014 busca proibir os testes em animais para cosméticos no âmbito federal, abrangendo assim todos os estados do país.
  • Mais de 2.000 marcas de beleza “livres de crueldade” estão disponíveis em todo o mundo, incluindo Lush, Garnier, Herbal Essences, Dove, Natura, The Body Shop e muitas outras, que produzem produtos seguros usando ingredientes com histórico de uso seguro e modernas ferramentas de avaliação de segurança, sem realizarem novos testes em animais. A lista de marcas livres de testes em animais está disponível no site da Te Protejo Brasil.

FIM

Contato de imprensa: Antoniana Ottoni: +556181403636; aottoni@hsi.org

A merenda escolar em Sobral trará um impacto positivo ambiental e para a saúde de 35.000 estudantes

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reprodução/Prefeitura de Sobral

SOBRAL, Brasil—Um Acordo assinado pelo Município de Sobral em colaboração com a Humane Society International e o Programa Alimentação Consciente Brasil da Mercy For Animals, irá proporcionar refeições saudáveis e mais sustentáveis para 35.000 estudantes nas escolas municipais. A implantação do programa teve início em agosto com a realização de palestras sobre nutrição e treinamentos culinários à base de vegetais com a equipe de cozinha.

A iniciativa prevê a substituição de 20% de ingredientes de origem animal por mais verduras, legumes, grãos e frutas em mais de 2,3 milhões de refeições por ano. As equipes da Humane Society International e do programa Alimentação Consciente Brasil capacitaram as equipes de cozinha em culinária vegetal e trabalharam os princípios nutricionais e ambientais positivos relacionados à pequenas mudanças nos hábitos alimentares.

Os sistemas alimentares com alto consumo de alimentos de origem animal tem sido associados ao aumento de problemas de saúde como obesidade, diabetes e câncer. Além disso, a produção pecuária global tem sido apontada como um dos impulsionadores das mudanças climáticas e está diretamente ligado a problemas ambientais graves como o desmatamento e uso excessivo da água.

A parceria foi resultado da participação da cidade na primeira edição do LUPPA (Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares), idealizado  pelo Instituto Comida do Amanhã, com correalização do ICLEI América do Sul (Governos Locais pela Sustentabilidade) e apoio institucional da Humane Society International e do programa Alimentação Consciente Brasil.

“Acreditamos que as políticas alimentares impulsionam o desenvolvimento sustentável, podem contribuir para a regeneração do planeta e também para a saúde das pessoas no presente, além das futuras gerações”, comenta Alice Martins, Gerente Sênior de Políticas Alimentares do ACB.

No Brasil, cerca de 70% dos cereais são usados para alimentar animais para consumo, uma estatística preocupante quando muitas pessoas no mundo enfrentam fome e insegurança alimentar. De fato, o setor pecuário é o maior usuário antropogênico de terra em todo o mundo, com sistemas de produção de carne, ovos, laticínios e aquacultura usando aproximadamente 83% das terras agrícolas do mundo, fornecendo apenas 37% das proteínas e 18% das calorias. A pecuária também é um dos principais contribuintes para a crise climática, responsável por pelo menos 16,5% das emissões de gases de efeito estufa induzidas pelo homem. Ao mudar nosso sistema alimentar e hábitos de consumo, podemos reduzir significativamente o impacto ambiental de nosso sistema alimentar, ao mesmo tempo em que fornecemos uma nutrição adequada.

“Vários municípios, empresas de serviços de alimentação e instituições públicas e privadas em todo o mundo implementaram programas semelhantes como uma forma de promover sistemas alimentares mais resilientes e alinhados aos compromissos globais de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, melhorar o bem-estar animal”, afirma Thayana Oliveira, Gerente de Políticas Alimentares da Humane Society International.

A avaliação de sustentabilidade realizada pelo Alimentação Consciente Brasil e a Humane Society International estima que este acordo, assinado pelos participantes em Abril de 2022, irá:

  • Poupar 4,2 toneladas de soja que deixam de ser destinadas para a pecuária, o suficiente para alimentar cerca de 50.000 adultos durante um ano;
  • Preservar 400 hectares de terra, o equivalente a 800 campos de futebol;
  • Poupar 22 milhões de litros de água, o equivalente a mais de 160.000 banhos de 15 minutos;
  • Reduzir 5.000 toneladas de emissões de CO2eq, o equivalente a cerca de 40 milhões de km não rodados de carro.

“A cidade de Sobral (CE), reconhecida como a capital da educação do Brasil, com o melhor Índice de Desenvolvimento para a Educação Básica (Ideb), avança, com o acordo de cooperação, na promoção de saúde pública e liderança climática e ambiental através da alimentação escolar”, destaca Francisco Herbert Lima Vasconcelos, Secretário de Educação da Prefeitura

FIM

Contato de mídia: Thayana Oliveira Soares, Gerente de Políticas Alimentares para HSI no Brasil, toliveira@hsi.org; + 55 (31) 98484-4890.

 

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BRASÍLIA—O setor de HPPC, representado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em parceria com a organização não governamental Humane Society International (HSI), defensora dos direitos dos animais e liderando uma campanha em prol do banimento da realização de testes de cosméticos em animais, trabalham conjuntamente pela aprovação de uma Lei Federal que, com a máxima urgência, regulamente a proibição desses testes no Brasil.

Com esse objetivo conjunto, as entidades vêm a público compartilhar com a sociedade o consenso construído entre as partes e pedir apoio para que seja dada prioridade para a tramitação e aprovação das alterações acordadas do PLC 70 – em discussão no Senado Federal desde 2014. Com essa aprovação, será possível harmonizar as exigências legais sobre testes em animais com as necessidades da indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) e as demandas do público consumidor, assim como da sociedade em geral.

Proibições locais de testes em animais para cosméticos estão atualmente em vigor em 12  estados brasileiros  e o DF gerando, portanto, uma insegurança jurídica para esse setor e um ambiente regulatório incerto. Uma lei federal robusta ajustará a questão, harmonizando os requisitos legais para a indústria de HPPC, além de atender à crescente demanda do consumidor e dos cidadãos por cosméticos que não tenham sido testados em animais. Com essa lei, teremos o Brasil – que representa cerca de 50% no mercado consumidor de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos na América Latina – se unindo a um número crescente de nações que já promulgaram leis semelhantes.

O setor produtivo e a HSI, no melhor espírito colaborativo, atuaram conjuntamente por alguns anos em busca de consenso sobre a matéria, a fim de viabilizar o texto para uma norma que atinja os objetivos conjuntos do banimento da realização de testes em animais na indústria de HPPC e a promoção da convergência regulatória internacional para o tema, consolidando no Brasil, prática alinhada com as mais contemporâneas existentes no mundo

Para essa finalidade, ABIHPEC e HSI trabalharam nas diferentes etapas de discussão ao longo da tramitação do PLC 70/14 no Senado, ajustando o texto original para que a redação atual reflita os avanços tecnológicos que vem ocorrendo desde 2014, assim como melhores práticas internacionais.

Estas práticas envolvem:

  • A proibição da realização de testes em animais em nosso país para finalidades de comercializar produtos cosméticos e ingredientes de uso exclusivo do setor;
  • A definição de critérios para utilização de dados de testes já realizados em animais para outras finalidades;
  • A definição de critérios sobre certificações – incluindo o uso de selos delas derivados – e alegações que mencionem que os produtos não foram testados em animais.

Fundamental ressaltar que os termos consensados para o texto harmonizado entre as duas entidades para a lei que se pretende aprovar enfatiza a importância de que as autoridades competentes sigam implementando e fomentando o desenvolvimento e uso de metodologias alternativas aos testes em animais e também a devida fiscalização para cumprimento da legislação.

A ABIHPEC afirma que a criação de uma lei federal para restringir em definitivo os testes em animais para cosméticos é essencial para consolidar a competência legislativa federal sobre este importante assunto e conciliar a regulamentação desta questão em todo o país. O setor vem trabalhando nesse aspecto há muitos anos, com órgãos públicos, universidades e outras associações do setor com o objetivo de acelerar a implementação de métodos que não utilizem animais no país. Assim sendo, o setor está satisfeito com o trabalho conjunto construído a partir do diálogo aberto e transparente com a Humane Society International para consolidar consenso em prol de uma legislação federal sobre o fim dos testes em animais para cosméticos no Brasil.

Para a HSI, a era dos testes de cosméticos em animais está terminando e agradecemos o espírito colaborativo da ABHIPEC e seus membros, que trabalharam conosco para elaborar uma lei brasileira robusta proibindo os testes em animais para este setor, que será uma vitória para todas as partes: os consumidores, as empresas e os animais.

Nesse momento, solicitamos a todos os Senadores, Deputados e Governo Federal o apoio ao texto acordado e a prioridade na movimentação e debate desse projeto de lei federal para que o mesmo se converta em lei.

Contatos de imprensa:

  • ABIHPEC: Irene Ruberti, Diretora de Atendimento: irene.ruberti@kubix.com.br; 11 99722-0201
  • HSI: Carmen Lúcia, Assessora de imprensa: carmen.lucia@approach.com.br; 21 99550-6416

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BRASILIAO Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou ontem a constitucionalidade da lei estadual do Rio de Janeiro que proíbe o uso de animais para testes de cosméticos e outros produtos de higiene e limpeza. A decisão foi recepcionada com grande entusiasmo pela ONG de proteção animal Humane Society International, que atuou no processo na qualidade de amicus curiae, e a principal organização que trabalha para eliminar os testes cosméticos em animais em todo o mundo em favor da sua substituição por abordagens modernas, que não dependem de modelos animais para a avaliação de segurança.

A constitucionalidade da lei estadual do Rio de Janeiro nº 7.814 / 2017, que possui conteúdo semelhante a lei do estado do Amazonas, foi contestada em 2018 pela Associação Brasileira da Indústria de Cosméticos, Higiene Pessoal e Perfumaria (ABIHPEC). A associação recorreu ao STF alegando que os estados do RJ e AM ultrapassaram suas competências legislativas ao estabelecerem proibição ao uso de animais para os testes.  O STF por unanimidade em 2020 reconheceu a constitucionalidade da lei amazonense, ou seja, mantendo a autoridade do estado para proibir tais atividades cruéis e desnecessárias, e o julgado de ontem reforçou esta importante decisão, confirmando este posicionamento com o reconhecimento que a proibição ao uso de animais conforme disposto na lei do Rio de Janeiro é constitucional.

O Tribunal também considerou que as partes da lei estadual do Rio de Janeiro que proíbem a venda de cosméticos testados em animais e as exigências de rotulagem específica dos produtos ultrapassam a competência legislativa do estado.

A Humane Society International almeja uma proibição federal completa no território brasileiro do uso de animais para testes em cosméticos, e a comercialização de produtos que tenham utilizado animais em seus testes. Tal lei federal irá alinhar o Brasil a outros 40 países que já possuem este tipo de proibição, e o julgamento dessas ações no STF ressaltam ainda mais a importância de se promulgar uma lei federal. A HSI apoia as iniciativas de 9 estados e do Distrito Federal na adoção de leis estaduais proibindo o uso de animais, e entende que estas iniciativas devem motivar e fortalecer o apoio político para avançar rumo a aprovação do Projeto PLC nº 70/2014, que está há sete anos definhando no Senado Federal. Como resultado da campanha #SaveRalph da HSI, lançada no mês passado com o apoio do grande astro Rodrigo Santoro, que reuniu mais de 1,5 milhão de brasileiros assinando a petição HSI-ONG Te Protejo a favor de uma proibição federal. A campanha #SaveRalph obteve um extraordinário sucesso, viralizando nas redes sociais, e a onda de apoio público reacendeu o interesse político federal neste tópico, com um debate no Senado previsto para ocorrer nas próximas semanas.

Antoniana Ottoni, especialista em relações públicas no departamento de pesquisa e toxicologia da Humane Society International, disse: “A decisão da Suprema Corte de ontem confirma que as proibições estaduais de testes cosméticos em animais são de fato constitucionais. À luz desse julgamento, esperamos que a indústria, legisladores e o governo federal se juntem a nós no empenho de aprovar uma lei federal eficaz para proibir o uso de animais em testes de cosméticos, e a venda de produtos que assim não tenham sido produzidos de modo a eliminar esta prática cruel e desatualizada na produção e comercialização de produtos cosméticos”.

Observações:

Decisão: O Tribunal, nos termos do voto médio do Ministro Gilmar Mendes (Relator), conheceu da ação direta e julgou parcialmente procedente o pedido formulado, apenas para declarar a inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 1º e do art. 4º da Lei nº 7.814/2017 do Estado do Rio de Janeiro. Também votaram nesse sentido os Ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Votou pela procedência integral do pedido o Ministro Nunes Marques. Votaram pela improcedência do pedido os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio e Luiz Fux (Presidente). Plenário, 27.05.2021 (Sessão realizada por videoconferência – Resolução 672/2020/STF).

  • Os estados de Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal já baniram testes de cosméticos em animais. Juntos, esses estados abrigam mais de 70% da indústria nacional de cosméticos do Brasil.
  • Os testes em animais ainda são reconhecidos pelas diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para avaliar os perigos dos produtos cosméticos e seus ingredientes. Isso inclui testes de irritação ocular e cutânea (usando coelhos), alergia cutânea (usando camundongos ou porquinhos-da-índia), efeitos tóxicos gerais (em que um produto químico cosmético é alimentado à força em ratos em uma única dose maciça ou em doses diárias menores com duração de até três meses), ou problemas tóxicos específicos, como infertilidade (em que usam até 2.600 ratos e sua ninhada por teste). Embora alguns testes tenham sido recentemente eliminados pelo Conselho Nacional para o Controle de Experimentos com Animais, testes de longo prazo com animais ainda são permitidos.
  • Quarenta países já adotaram medidas alinhadas aos objetivos da campanha, entre eles União Europeia, Noruega, Índia, Nova Zelândia, Coréia do Sul, Taiwan, Guatemala, Austrália, Islândia e Colômbia. Legislação semelhante está sendo proposta pela Humane Society International e nossos parceiros na Associação das Nações do Sudeste Asiático, Canadá, Chile, Sri Lanka, Estados Unidos e outros lugares.
  • A campanha da HSI para banir os testes cosméticos em animais no Brasil recebeu o apoio de vários influenciadores e celebridades, incluindo Rodrigo Santoro, Fernanda Tavares, Ellen Jabour, Mylla Christie, Macris Carneiro e Rita Von Hunty.

FIM

Contatos de mídia: Antoniana Ottoni, aottoni@hsi.org, +55 (61) 9 8140 3636

Humane Society International


Michelle Riley/The HSUS

SÃO PAULO—Casa Santa Luzia, supermercado tradicional de luxo da cidade de São Paulo, anunciou que venderá exclusivamente ovos livres de gaiolas até 2023.

Este compromisso vem depois de muitos anos de trabalho com a Humane Society International e outras organizações de proteção animal. A HSI continuará trabalhando com a empresa no Brasil durante a implementação desta política.

Ianê Almeida, especialista em bem-estar de animais de produção da HSI no Brasil, disse:  “Parabenizamos a Casa Santa Luzia por adotar um compromisso total de ovos 100% livres de gaiolas, e esperamos continuar trabalhando com a empresa e seus fornecedores de ovos na implementação desta política. Esta decisão envia uma mensagem clara à indústria de ovos de que o futuro da produção de ovos no Brasil é livre de gaiolas.”

Este compromisso melhorará a vida de milhares de galinhas poedeiras. Galinhas poedeiras no Brasil geralmente são confinadas por todas as suas vidas em gaiolas de arame tão pequenas que não conseguem nem esticar totalmente suas asas. Os sistemas de produção livres de gaiolas normalmente oferecem às galinhas maiores níveis de bem-estar, permitindo que as aves expressem mais de seu comportamento natural, incluindo ciscar o solo, colocar seus ovos em ninhos, se empoleirar e abrir totalmente suas asas. A HSI trabalha em conjunto com a indústria alimentícia no Brasil e no mundo para ajudar a garantir uma transição bem-sucedida para esses sistemas de produção de maior bem-estar animal por meio de excursões a fazendas, workshops técnicos sobre sistemas livres de gaiolas e a troca de informações sobre as melhores práticas.

A Casa Santa Luzia integra a crescente lista de supermercados no Brasil, incluindo os quatro maiores, que se comprometeram a vender exclusivamente ovos livres de gaiolas no país: Carrefour, Walmart (Grupo Big), GPA e Cencosud.

 

Contato de mídia: Claudia Braghetto: cbraghetto@hsi.org

Humane Society International


HSI

SÃO PAULO—A Cencosud, quarta maior supermercadista do Brasil, anunciou que irá vender apenas ovos livres de gaiolas em todas as suas lojas no país, as quais são mais de 200. A rede opera em 8 estados sob diferentes marcas—GBarbosa, Bretas, Prezunic, Perini e Mercantil Rodrigues—e todas elas estão inclusas no compromisso livre de gaiolas, que será implementado até 2025 para ovos vendidos sob sua marca própria, e até 2028 para todos os outros ovos vendidos em suas lojas. A empresa também possui operações na Argentina, Chile, Colômbia e Peru, e conta com um escritório na China.

A adoção da política acontece depois de vários anos de trabalho com a Humane Society International e outras organizações de proteção animal. A HSI continuará a trabalhar com a empresa na implementação dessa política no Brasil, e nos outros países onde a empresa possui operações, a HSI continuará a ajudá-los a adotarem um compromisso global de ovos livres de gaiolas.

Maria Fernanda Martin, gerente de programas e políticas corporativas do departamento de bem-estar dos animais de produção da Humane Society International no Brasil, disse: “Aplaudimos a Cencosud por adotar o compromisso de vender exclusivamente ovos livres de gaiolas, e estamos felizes em continuar a trabalhar com a empresa e seus fornecedores durante sua implementação. Essa decisão irá aliviar milhares de galinhas poedeiras de uma vida de confinamento extremo, além de enviar uma mensagem clara para a indústria, de que o futuro da produção de ovos é livre de gaiolas”.

Galinhas poedeiras no Brasil são normalmente confinadas por toda a sua vida em gaiolas tão pequenas que não conseguem sequer esticar suas asas completamente. Os sistemas de produção livre de gaiolas geralmente oferecem maiores níveis de bem-estar animal, permitindo que as aves expressem mais de seus comportamentos naturais, como ciscar, botar os ovos em ninhos e empoleirar. A HSI trabalha junto com o setor alimentício no Brasil e ao redor do mundo para assegurar uma transição de sucesso para sistemas com maiores níveis de bem-estar animal. Promovemos visitas a granjas, eventos técnicos e troca de conhecimento sobre as melhores práticas da indústria.

A Cencosud se junta às três maiores redes de supermercados do país que já anunciaram que irão vender apenas ovos livres de gaiolas no Brasil: Carrefour, Grupo Big e GPA.

Contato de Mídia: Ianê Almeida: ialmeida@hsi.org

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São Paulo (10 de novembro de 2020)—Empresas de alimentos e de hotelaria de toda a América do Sul concordam que o bem-estar animal é uma parte essencial de qualquer compra e uso responsável, ou política de sustentabilidade, especialmente durante a atual pandemia. Esta mensagem foi um tema recorrente no workshop virtual “Do Compromisso à Ação” da Humane Society International, na semana passada, onde foi discutido o bem-estar dos animais de produção na América do Sul.

Entre os mais de 100 participantes, estiveram presentes empresas de diversos setores diferentes e de 5 países distintos, incluindo varejistas, cadeias de restaurantes, rede de hotéis e fabricantes de produtos de panificação, entre outros. Essas empresas juntaram-se a produtores de ovos e suínos, cientistas, investidores, especialistas em bem-estar animal e legisladores para discutir os esforços em andamento para promover a produção de ovos e carne suína usando sistemas que não confinam galinhas poedeiras e matrizes suínas em gaiolas e celas apertadas, com severa restrição de movimento.

O evento teve sessões em três dias consecutivos, e abordou três questões principais: o porquê e como adotar um compromisso de uso e compra exclusiva de produtos livres de gaiolas e/ou celas; oportunidades e desafios para fornecedores que buscam atender a essa nova demanda; e o apoio crescente a esse movimento, como evidenciado pelas novas abordagens de financiamento e investimento, políticas de apoio e a crescente demanda dos consumidores.

Por mais de 10 anos, a Humane Society International tem trabalhado em estreita colaboração com empresas, fornecedores e legisladores para apoiar padrões mais elevados de bem-estar animal nas cadeias de fornecimento em toda a região.

Maria Fernanda Martin, gerente de programas e políticas corporativas do Departamento de Proteção aos Animais de Produção da HSI no Brasil, observou: “Todos os dias trabalhamos com empresas dinâmicas e inovadoras para apoiar a implementação de políticas de bem-estar animal, para identificar oportunidades de colaboração e para compartilhar lições e exemplos entre as várias partes interessadas. A HSI está empenhada em fornecer às empresas e a seus fornecedores todas as ferramentas e recursos técnicos de que precisam para tornar realidade um futuro livre de gaiolas para galinhas poedeiras e um futuro livre de celas de gestação para matrizes suínas. E abraçamos novas empresas que queiram aderir a este movimento. Este ano, celebramos os compromissos livres de gaiolas de mais de duas dúzia de empresas; no próximo ano, esperamos ver ainda mais progresso à medida que o movimento continua a avançar”.

A Barilla, que ganhou o Prêmio Henry Spira de Progresso Corporativo, da Humane Society dos Estados Unidos, por fazer a transição de sua cadeia de fornecimento de ovos para 100% livres de gaiolas um ano antes do planejado, compartilhou as principais razões e ferramentas para finalizar essa transição mais cedo.

Fabiana Araujo, Gerente de Marketing da Barilla, disse: “Com o apoio da Fundação Barilla Center for Food and Nutrition, entendemos e realizamos ações que busquem o equilíbrio entre uma alimentação balanceada nutricionalmente e menores impactos no meio ambiente. A implementação de ovos cage-free é um passo importante em respeito aos consumidores e ao meio ambiente, e agradecemos à todas as associações e cadeia que nos apoiaram no processo, e desejamos que mais empresas possam fazer parte, aumentando a conscientização do consumidor quanto a possibilidade de melhores condições dos animais. Bem-estar animal é um tema urgente e precisa estar na pauta das lideranças.”

As empresas Arcos Dorados, Carrefour Argentina e AB Brasil, entre outras, reafirmaram que suas reputações e capacidade de manter a confiança do consumidor dependem, em parte, das fortes políticas de bem-estar animal.

De acordo com Vitor Oliveira, Gerente da Divisão de Ovos, da AB Brasil: “Participar de eventos como esse nos dá a chance de contribuir de maneira efetiva com o debate sobre o equilíbrio do sistema produtivo, a preservação da vida e a estabilidade ambiental. Como processadores de ovos, somos um elo intermediário, essencial da cadeia produtiva de ovo-produtos e, na posição que ocupamos, é recompensador perceber que estamos avançando com responsabilidade e planejamento no sentido de ampliar a disseminação de uma nova cultura capaz de aliar o respeito à vida animal e à prosperidade humana com ações viáveis”.

O Grupo Mantiqueira, maior produtor de ovos da América do Sul, compartilhou sua jornada rumo à produção livre de gaiolas, seu novo compromisso de não mais construir novas instalações com gaiolas e a importância de uma comunicação próxima e contínua com empresas e consumidores.

Leandro Pinto, presidente e fundador do Grupo, afirmou: “Estamos construindo uma empresa sustentável, nos reinventando e nos antecipando ao que as próximas gerações irão pedir. Os consumidores estão cada vez mais atentos a origem de seu alimento, e queremos participar destes valores que vêm sendo exigidos. E por prezar pela qualidade e transparência, assumimos o compromisso de não construir novas granjas de gaiolas, e também a fazermos grandes investimentos em granjas livres de gaiolas para que, até 2025 tenhamos 2,5 milhões de galinhas nesse sistema. Acreditamos que com esta mudança a Mantiqueira irá revolucionar a avicultura brasileira. Queremos que nosso propósito de focar no bem-estar animal democratize e torne acessível o consumo de ovos de galinhas criadas livres de gaiolas para todas as classes sociais.”

Na América do Sul e em todo o mundo, galinhas poedeiras passam toda a vida confinadas em gaiolas de arame tão pequenas que as aves não conseguem sequer abrir suas asas completamente. A ciência confirma o que o senso comum já nos diz: a falta de espaço e a restrição de movimento são prejudiciais à saúde física desses animais e causam enorme frustração e sofrimento.

Matrizes suínas também são confinadas em celas de gestação.

No entanto, defensores de melhores condições de bem-estar animal estão fazendo um enorme progresso na América do Sul. Mais de 100 empresas de alimentos e de hotelaria da região se comprometeram a utilizar e fornecer exclusivamente ovos livres de gaiolas a partir de 2025, ou antes. O futuro é livre de gaiolas e celas, e a América do Sul está mostrando o caminho.

FIM

Contato de mídia: Maria Fernanda Martin: mfmartin@his.org; (11) 95770-9922

Humane Society International


SÃO PAULO—O tema bem-estar animal já ganhou força no agronegócio da América Latina, com um número crescente de empresas adotando ações mais fortes e consistentes para garantir melhores práticas no tratamento dos animais utilizados na produção de alimentos. Para aumentar o diálogo sobre essa mudança de mercado, foi realizado, nos dias 18 e 19 de novembro, o Simpósio Internacional – Bem-estar animal: uma estratégia de negócios sustentável, no Hotel Belas Artes, em São Paulo. O simpósio contou com palestrantes de cinco países e mais de 150 profissionais da cadeia de suprimentos e de agropecuária da América Latina.

Promovido pela Humane Society International e World Animal Protection, o evento trouxe uma ampla articulação entre representantes dos setores alimentício, produtivo, varejista, financeiro e governamental em torno das ações e compromissos voltados à proteção e promoção do bem-estar de suínos e galinhas poedeiras.

“A HSI aprecia a oportunidade de organizar e participar desse diálogo crítico entre empresas e produtores, enquanto trabalham na transição para sistemas de produção de ovos livre de gaiolas e celas de gestação para matrizes suínas. Em apenas dois anos, a participação em fóruns como esse mais que dobrou na América Latina, representando claramente o crescente interesse, o apoio ao consumidor e a mudança do mercado para uma pecuária com maiores níveis de bem-estar animal. Como apontado por muitos dos palestrantes, a forma com que os animais são criados e as condições suportadas por eles, andam de mãos dadas com um futuro mais sustentável ”, afirmou Carolina Maciel, diretora da Humane Society International no Brasil.

Consciente destas novas transformações, para as quais a cadeia produtiva precisa se adaptar a fim de se adequar ao novo consumidor, que agora foca em bem-estar animal e sustentabilidade, Mateus Paranhos da Costa, professor e doutor formado pela Universidade Estadual Paulista, e que palestrou sobre ‘desmistificação’ do bem-estar animal, disse: “A organização desse evento é extremamente oportuna, pois reforça a visibilidade para a necessidade de se integrar a questão do bem-estar animal como um dos critérios de sustentabilidade. São muitos os benefícios dessa integração, com implicações éticas e práticas para todas as cadeias produtivas da pecuária, dadas as evidências de que a promoção do bem-estar dos animais de produção tem potencial para contribuir para a manutenção de ambientes naturais equilibrados, de comunidades saudáveis e da vitalidade econômica das atividades pecuárias”.

Para complementar, Leonardo Lima, Diretor Corporativo de Compromisso Social e Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados, operadora da marca McDonald’s na América Latina e Caribe, afirmou: “A Arcos Dorados é uma empresa com longo histórico de investimento em iniciativas sustentáveis no Brasil e na América Latina e temos o desafio de encontrar novas oportunidades e usar nossa escala para gerar impacto positivo no planeta. Dentro dessa premissa, somos pioneiros em assumir metas desafiadoras de pecuária sustentável. Também já iniciamos a compra de ovos de galinhas criadas livres de gaiola e limitamos o uso de celas de gestação junto a fornecedores de carne suína.

O bem-estar animal é uma de nossas prioridades e este Simpósio é uma oportunidade para discutirmos o assunto, tomar conhecimento das ações que vem sendo adotadas pela indústria e influenciar toda a cadeia”.

Com o objetivo de expandir a discussão e trazer um panorama internacional sobre os temas, o Simpósio contou com as palestras das especialistas Profa. Dra. Linda Keeling, da Universidade Sueca de Ciências Agrárias, para falar sobre o papel do bem-estar animal no desenvolvimento sustentável e a Profa. Dra. Natalie Waran, da Nova Zelândia, que falou sobre a relação entre a saúde humana e o bem-estar animal.

Cases de Sucesso

Um exemplo de transição bem-sucedida para a produção de ovos livres de gaiolas é a Planalto Ovos (Brasil), empresa produtora de ovos, que foi representada por Daniel Mohallen, um dos sócios e o veterinário responsável da empresa: “A realização deste simpósio internacional é de suma importância para a consolidação e o reconhecimento dos métodos produtivos voltados para o bem-estar animal, principalmente por conter discussões com bases científicas entre estudiosos, pesquisadores e participantes da cadeia de produção. O cuidado com os animais é muito mais que uma tendência: é uma preocupação mundial. Nós da Planalto Ovos nos sentimos privilegiados de fazer parte deste grande evento”.

O Simpósio integra as ações da World Animal Protection e da Humane Society International realizadas mundialmente com o objetivo de pôr fim ao sofrimento desnecessário dos animais de produção. “O tema tem sido largamente discutido desde os anos 70, quando na Europa os consumidores começaram a se mobilizar sobre a forma como os animais eram criados. No Brasil, o público tem se preocupado cada vez mais com o bem-estar animal. Esse é um ponto que interfere diretamente na decisão de compra em muitos países e no Brasil esse comportamento tende a crescer. Por isso, as empresas têm colocado o tema entre suas estratégias de negócios”, salienta José Rodolfo Ciocca, Gerente de Agropecuária Sustentável da World Animal Protection. Segundo pesquisa da organização, 68% dos brasileiros consomem carne pelo menos quatro vezes por semana. Destes, 82% estão preocupados com a origem das proteínas – prova de que o bem-estar e a sustentabilidade dos animais são importantes para o mercado.

FIM

Contato de mídia: Humane Society International: Maria Fernanda Martin, mfmartin@hsi.org, (11) 9 79909922

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