A Frimesa, quarto maior integrador de suínos no Brasil, anunciou o compromisso de acabar com o confinamento de porcas reprodutoras em gaiolas de gestação até 2026. A transição desses animais para sistemas de alojamento em grupo oferece maiores níveis de bem-estar animal. A empresa é responsável por cerca de 80,000 porcas em suas granjas por todo o país. A política segue conversas com a Humane Society International, que parabeniza o anúncio, e outras organizações de proteção animal.
Porcos são animais extremamente inteligentes, ativos e sociais. Ainda assim, tanto no Brasil, como em muitos outros países, a maioria das porcas reprodutoras é confinada individualmente em gaiolas durante toda a sua gestação, ou seja, as porcas passam praticamente suas vidas inteiras confinadas, pois são submetidas a ciclos de inseminação repetidos. As gaiolas de gestação têm praticamente o mesmo tamanho dos corpos dos animais, impedindo-os de se virarem ao redor do próprio corpo ou dar mais do que um passo para frente ou para trás. Uma vasta quantidade de estudos científicos já comprovou que animais confinados de forma tão extrema são mais suscetíveis a desenvolver distúrbios mentais e problemas físicos como infecções urinárias e dificuldades de locomoção.
Fernanda Vieira, gerente de programas e políticas corporativas da HSI no Brasil, disse: “Parabenizamos o comprometimento da Frimesa de utilizar sistemas de alojamento mais humanitários para suas porcas reprodutoras. Os consumidores se preocupam com a forma como os animais de produção são tratados, e se opõem ao confinamento cruel e contínuo das porcas em gaiolas de gestação. Essa é uma tendência crescente e muito clara de que o Brasil e o resto do mundo estão deixando de usar gaiolas de gestação. Continuaremos a trabalhar com outros produtores em políticas similares”.
A Frimesa se une aos três maiores integradores de suínos no Brasil – BRF, JBS e Aurora Alimentos, assim como outros líderes mundiais na produção de carne suína, incluindo a Smithfield Foods, a Cargill, a Maple Leaf Foods e a Hormel – que já proibiram ou estão em processo de eliminação das gaiolas de gestação. Outras grandes empresas também já estão eliminando a compra de carne suína de produtores que utilizam gaiolas de gestação na América Latina, como é o caso da Arcos Dorados, a maior franqueadora da rede McDonald’s na América Latina e Caribe, Subway, Burger King, Royal Caribbean, Marriot International, Hilton Worldwide, Nestle entre outros.
A União Europeia e vários estados Norte-Americanos já proibiram o confinamento de porcas reprodutoras em gaiolas de gestação. A Nova Zelândia e a Austrália também já iniciaram a transição para sistemas de alojamento livre de gaiolas e a Organização Sul-Africana dos Produtores de Carne Suína espera proibir a prática até 2020.
Contato de mídia: Fernanda Vieira, fvieira@hsi.org, 11 9 8905 3848