Humane Society International


SÃO PAULO—O tema bem-estar animal já ganhou força no agronegócio da América Latina, com um número crescente de empresas adotando ações mais fortes e consistentes para garantir melhores práticas no tratamento dos animais utilizados na produção de alimentos. Para aumentar o diálogo sobre essa mudança de mercado, foi realizado, nos dias 18 e 19 de novembro, o Simpósio Internacional – Bem-estar animal: uma estratégia de negócios sustentável, no Hotel Belas Artes, em São Paulo. O simpósio contou com palestrantes de cinco países e mais de 150 profissionais da cadeia de suprimentos e de agropecuária da América Latina.

Promovido pela Humane Society International e World Animal Protection, o evento trouxe uma ampla articulação entre representantes dos setores alimentício, produtivo, varejista, financeiro e governamental em torno das ações e compromissos voltados à proteção e promoção do bem-estar de suínos e galinhas poedeiras.

“A HSI aprecia a oportunidade de organizar e participar desse diálogo crítico entre empresas e produtores, enquanto trabalham na transição para sistemas de produção de ovos livre de gaiolas e celas de gestação para matrizes suínas. Em apenas dois anos, a participação em fóruns como esse mais que dobrou na América Latina, representando claramente o crescente interesse, o apoio ao consumidor e a mudança do mercado para uma pecuária com maiores níveis de bem-estar animal. Como apontado por muitos dos palestrantes, a forma com que os animais são criados e as condições suportadas por eles, andam de mãos dadas com um futuro mais sustentável ”, afirmou Carolina Maciel, diretora da Humane Society International no Brasil.

Consciente destas novas transformações, para as quais a cadeia produtiva precisa se adaptar a fim de se adequar ao novo consumidor, que agora foca em bem-estar animal e sustentabilidade, Mateus Paranhos da Costa, professor e doutor formado pela Universidade Estadual Paulista, e que palestrou sobre ‘desmistificação’ do bem-estar animal, disse: “A organização desse evento é extremamente oportuna, pois reforça a visibilidade para a necessidade de se integrar a questão do bem-estar animal como um dos critérios de sustentabilidade. São muitos os benefícios dessa integração, com implicações éticas e práticas para todas as cadeias produtivas da pecuária, dadas as evidências de que a promoção do bem-estar dos animais de produção tem potencial para contribuir para a manutenção de ambientes naturais equilibrados, de comunidades saudáveis e da vitalidade econômica das atividades pecuárias”.

Para complementar, Leonardo Lima, Diretor Corporativo de Compromisso Social e Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados, operadora da marca McDonald’s na América Latina e Caribe, afirmou: “A Arcos Dorados é uma empresa com longo histórico de investimento em iniciativas sustentáveis no Brasil e na América Latina e temos o desafio de encontrar novas oportunidades e usar nossa escala para gerar impacto positivo no planeta. Dentro dessa premissa, somos pioneiros em assumir metas desafiadoras de pecuária sustentável. Também já iniciamos a compra de ovos de galinhas criadas livres de gaiola e limitamos o uso de celas de gestação junto a fornecedores de carne suína.

O bem-estar animal é uma de nossas prioridades e este Simpósio é uma oportunidade para discutirmos o assunto, tomar conhecimento das ações que vem sendo adotadas pela indústria e influenciar toda a cadeia”.

Com o objetivo de expandir a discussão e trazer um panorama internacional sobre os temas, o Simpósio contou com as palestras das especialistas Profa. Dra. Linda Keeling, da Universidade Sueca de Ciências Agrárias, para falar sobre o papel do bem-estar animal no desenvolvimento sustentável e a Profa. Dra. Natalie Waran, da Nova Zelândia, que falou sobre a relação entre a saúde humana e o bem-estar animal.

Cases de Sucesso

Um exemplo de transição bem-sucedida para a produção de ovos livres de gaiolas é a Planalto Ovos (Brasil), empresa produtora de ovos, que foi representada por Daniel Mohallen, um dos sócios e o veterinário responsável da empresa: “A realização deste simpósio internacional é de suma importância para a consolidação e o reconhecimento dos métodos produtivos voltados para o bem-estar animal, principalmente por conter discussões com bases científicas entre estudiosos, pesquisadores e participantes da cadeia de produção. O cuidado com os animais é muito mais que uma tendência: é uma preocupação mundial. Nós da Planalto Ovos nos sentimos privilegiados de fazer parte deste grande evento”.

O Simpósio integra as ações da World Animal Protection e da Humane Society International realizadas mundialmente com o objetivo de pôr fim ao sofrimento desnecessário dos animais de produção. “O tema tem sido largamente discutido desde os anos 70, quando na Europa os consumidores começaram a se mobilizar sobre a forma como os animais eram criados. No Brasil, o público tem se preocupado cada vez mais com o bem-estar animal. Esse é um ponto que interfere diretamente na decisão de compra em muitos países e no Brasil esse comportamento tende a crescer. Por isso, as empresas têm colocado o tema entre suas estratégias de negócios”, salienta José Rodolfo Ciocca, Gerente de Agropecuária Sustentável da World Animal Protection. Segundo pesquisa da organização, 68% dos brasileiros consomem carne pelo menos quatro vezes por semana. Destes, 82% estão preocupados com a origem das proteínas – prova de que o bem-estar e a sustentabilidade dos animais são importantes para o mercado.

FIM

Contato de mídia: Humane Society International: Maria Fernanda Martin, mfmartin@hsi.org, (11) 9 79909922

Consumidores também querem saber se os produtos que compram foram testados em animais

Humane Society International


mustafagull/iStock.com

BRASÍLIA—Uma pesquisa de opinião divulgada hoje pela Humane Society International e realizada pela Datafolha revelou que a grande maioria do público brasileiro deseja uma legislação federal robusta contra testes cosméticos em animais. Segundo 73% dos entrevistados, se o Congresso legislar sobre o tema, “produtos cosméticos não deveriam conter novos ingredientes testados em animais”.

A pesquisa também revelou que os consumidores valorizam as informações sobres os itens cosméticos, com 75% dos entrevistados declarando que a “garantia de que um cosmético não foi testado em animais” é um fator de influência na compra desse tipo de produto. Além disso, 84% dos entrevistados também declararam que as empresas devem ser obrigadas a “informar de maneira clara se ainda testam seus novos produtos e ingredientes em animais” após a aprovação da legislação.

Helder Constantino, gerente da campanha #LiberteSeDaCrueldade da HSI, diz: “A prática de testar cosméticos em animais é rejeitada há muito tempo pelo público, e essa pesquisa ilustra o quão importante é esse problema para os consumidores. Também demonstra que os consumidores verificam diligentemente os produtos que compram e não querem ser enganados a respeito disso. Esperamos que o Congresso se posicione e aja de acordo”.

Um relatório à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal de autoria do senador Alessandro Vieira, que visa alterar o Projeto de Lei 70/2014 sobre testes cosméticos em animais, propõe uma proibição dos testes de produtos e ingredientes cosméticos em animais com efeito imediato. O parecer aguarda votação na CAE.

A pesquisa da Datafolha foi realizada em agosto de 2019, com uma amostra de 2.094 entrevistados socialmente e geograficamente representativos da população brasileira.

Fatos:

  • Lançada em 2012 pela Humane Society International, a campanha #BeCrueltyFree (#LiberteSeDaCrueldade) é a maior campanha global contra testes de cosméticos em animais.
  • No Brasil, a #LiberteSeDaCrueldade recebeu o apoio de Xuxa Meneghel, Fernanda Tavares, Ellen Jabour, Ray Neon, Rita Von Hunty e de muitos outros influenciadores e celebridades. #LiberteSeDaCrueldade também recebeu o apoio de outras ONGs, como o grupo latino-americano de conscientização dos consumidores Te Protejo.
  • Os estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo já proibiram testes cosméticos em animais. Juntos, esses estados abrigam aproximadamente 70% das empresas cosméticas do Brasil.
  • Trinta e nove países já adotaram medidas alinhadas com os objetivos da campanha, incluindo União Europeia, Noruega, Índia, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Taiwan, Guatemala e Austrália. Legislações semelhantes estão sendo consideradas no Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, África do Sul, Sri Lanka, Estados Unidos e em outros países.
  • Testes em animais ainda são permitidos pelos regulamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para avaliar a toxicidade de cosméticos. Embora alguns testes tenham sido abolidos recentemente pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, ainda são permitidos testes de toxicidade de longo prazo que podem usar centenas de animais para avaliar uma única substância.

FIM

Contato com a mídia: Helder Constantino, hconstantino@hsi.org, +55 (21) 9 8342 4163

Humane Society International


SÃO PAULO–O Makro Atacadista, grande rede atacadista do Brasil, anunciou que irá vender exclusivamente ovos livres de gaiolas em todas as suas 68 lojas no país. O Makro completará a transição para ovos livres de gaiolas até 2025 para marcas próprias, e até 2028 para todas as outras marcas vendidas nas lojas. O anúncio acontece após vários anos de trabalho com a Humane Society International/Brasil (HSI), uma das maiores organizações globais de proteção animal. Makro e HSI continuarão a trabalhar juntos na implementação dessa política.

Maria Fernanda Martin, gerente de programas e políticas corporativas do departamento de bem-estar dos animais de produção da HSI/Brasil, disse: “Parabenizamos o Makro por se juntar a outras centenas de empresas de alimentos no Brasil e ao redor do mundo, que se comprometeram a vender e utilizar apenas ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento. Ao adotarem políticas de ovos livres de gaiolas, essas empresas estão se adequando à crescente demanda dos consumidores por produtos com maiores níveis de bem-estar animal, e gerando a mudança na indústria de ovos. Estamos entusiasmados por continuar trabalhando com o Makro nessa importante transição e convidamos outras empresas a se juntarem a esse movimento global de responsabilidade social corporativa. ”

Esse compromisso irá melhorar as vidas de milhões de galinhas poedeiras no Brasil. Galinhas poedeiras são normalmente confinadas por toda a sua vida em gaiolas tão pequenas que elas não conseguem sequer esticas suas asas completamente. Sistemas livres de gaiolas geralmente oferecem maiores níveis de bem-estar animal quando comparados a sistemas nos quais gaiolas são usadas, pois permitem que os animais tenham espaço suficiente para andar e expressar comportamentos naturais importantes como botar os ovos em ninhos, forragear, empoleirar e tomar banho de areia.

O Makro se junta a outras empresas de alimentos que já se comprometeram a utilizar e vender exclusivamente ovos livres de gaiolas no Brasil e em toda a América Latina, incluindo a Unilever, que se comprometeu com uma política global livre de gaiolas a partir de 2025, e a Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, também a partir de 2025. Após trabalhar com a HSI, Burger King e Arcos Dorados (a qual opera a rede McDonald’s no Brasil e em outros 19 países da região) se comprometeram a utilizar 100% ovos livres de gaiolas, assim como outras operadoras de restaurantes, responsáveis por milhares de estabelecimentos no Brasil e na América Latina.

A Compass Group (GRSA) e a Sodexo já haviam anunciado previamente um compromisso global livre de gaiolas em parceria com a HSI. A Alsea, maior operadora de restaurantes da América Latina e Espanha, e o Grupo Bimbo, maior empresa de panificação do mundo, anunciaram políticas de ovos livres de gaiolas após anos de trabalho com os especialistas da HSI. Empresas como Kraft-Heinz, International Meal Company (IMC), Cargill, Brazil Fast Food Corporation (BFFC), Subway, Intercontinental Hotels Group, AccorHotels, Marriott International, Hilton Worldwide, Giraffas, Barilla, Divino Fogão, Habib’s, Grupo CRM, Bauducco e Grupo LemosPassos também se comprometeram a utilizar apenas ovos livres de gaiolas no Brasil.

FIM

Contato de mídia: Maria Fernanda Martin, mfmartin@hsi.org, +55 (11) 9 5770 9922

Humane Society International


Bryan Mitchell/AP Images for the HSUS

BRASILIA–A Humane Society International aplaudiu esta semana importantes mudanças no regulamento que rege os testes toxicológicos para agrotóxicos no Brasil, incluindo o fim do controverso teste de envenenamento de cães pelo período de um ano, o reconhecimento de metodologias alternativas modernas para substituir testes em animais, e a criação de procedimentos para que empresas possam solicitar a dispensa de testes em animais já considerados irrelevantes. Estas e outras reformas foram publicadas em 29 de julho pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na RDC n. 294, que substitui uma portaria de 1992, de quase 30 anos atrás.

Apesar da bem-sucedida negociação da HSI para a eliminação do teste de um ano em cães realizada em 2015, o teste só foi eliminado agora com a publicação da nova regulamentação. Em 2018, uma investigação secreta conduzida pela Humane Society dos Estados Unidos descobriu mais de 30 cães da raça beagle sendo usados em um laboratório nos Estados Unidos para testar um agrotóxico que seria vendido no Brasil. A empresa justificou o uso dos cães argumentando que seria uma exigência da legislação brasileira. Após intervenção da HSI, a ANVISA concordou em conceder uma dispensa para a aplicação do teste aquele agrotóxico e com isso a empresa suspendeu os testes e libertou os cães que sobreviveram , e estes já foram todos adotados por famílias.

Antoniana Ottoni, Relações Governamentais da HSI no Brasil, disse: “Hoje comemoramos a eliminação do cruel teste de envenenamento de cães pelo período de um ano, que eram realizados para testar agrotóxicos no Brasil e em todo o mundo. Essa e outras mudanças na regulamentação brasileira são uma vitória que salvarão a vida de milhares de animais. No entanto, é lamentável que as autoridades tenham levado 20 anos para tomar esta medida oficial, já que cientistas haviam há muito reconhecido a inutilidade do teste em cães. Tal fato ressalta a necessidade de mais diálogo e cooperação entre as autoridades, a indústria e ONGs como a HSI para assegurar que os avanços não levem outros tantos 20 anos para acontecerem.”

A HSI iniciou as negociações com a ANVISA sobre as reformas necessárias nas regulamentações de agrotóxicos no Brasil em 2013, quando promoveu seminários, workshops e reuniões com cientistas e líderes executivos. Em resposta aos longos atrasos na publicação da nova regulamentação, a HSI lançou, em 2017, a campanha #AnvisaPoupeVidas, coletando mais de 160.000 assinaturas em apenas algumas semanas, pedindo a pronta atuação da ANVISA.

Fatos:

  • Os agrotóxicos estão entre as substâncias mais testadas em animais atualmente. Para registrar um único “ingrediente ativo” de um novo agrotóxico (o ingrediente mais tóxico que o torna eficaz), ele deverá ser usado em cerca de 10.000 roedores, peixes, aves, coelhos e cães em dezenas de testes isolados de envenenamento químico. Muitos dos testes são claramente desnecessários, repetindo o mesmo procedimento usando duas ou mais espécies de animais ou por diferentes vias de exposição (oral, inalatória, cutânea, etc.), a validade científica desses testes está sobre escrutínio.
  • O teste de toxicidade de um ano em cães consiste em alimentar à força um grupo de cães da raça beagle com agrotóxicos químicos todos os dias por um ano inteiro, após o qual os animais são mortos e dissecados para examinar os efeitos da substância química em seus órgãos internos. Vários países que antes exigiam esse teste já o suspenderam, respaldados em sólidas evidências científicas de que esse teste de envenenamento de longa duração é totalmente dispensável para avaliar a segurança dos agrotóxicos.
  • As principais mudanças da nova regulamentação da ANVISA incluem: 1) Um processo formal de dispensa por meio de justificativa técnica que evitará novos testes; 2) Aprovação de alternativas aos testes em animais reconhecidas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e 3) Adoção do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos das Nações Unidas (GHS).

FIM

Contato: Antoniana Ottoni, aottoni@hsi.org, +55 61 98140-3636

Humane Society International


Bryan Mitchell/AP Images for the HSUS Teddy, an 18-month-old beagle, has fun at his new home Wednesday, May 22, 2019, in St. Clair Shores, Michigan. Teddy is a survivor from an animal testing facility in Michigan and was adopted by Greta Guest and David Rubello in April of this year.

BRASILIA—Humane Society International has welcomed sweeping animal welfare reforms to regulations governing the testing of agricultural pesticides in Brazil, including abolition of a controversial year-long poisoning test in dogs, recognition of modern animal testing alternatives, and creation of a process by which companies can request that scientifically unnecessary animal test requirements be waived. These and other reforms were published on 29 July by Brazil’s Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) in RDC n. 294, replacing a nearly 30-year-old testing ordinance from 1992.

Publication of the new regulation has been delayed for years, so the test has remained an official requirement until now, despite HSI’s success in negotiating for the removal of the one-year dog test from a 2015 draft. A 2018 undercover investigation by the Humane Society of the United States found more than 30 beagles in a U.S. laboratory being used to test a pesticide for sale in Brazil, which the company defended on the grounds that the test is still officially “on the books.” Following intervention by HSI, ANVISA agreed to grant a waiver for the pesticide, and the company agreed to stop the test and release the surviving dogs – all of whom have now been adopted into loving homes.

Antoniana Ottoni, government relations manager for HSI in Brazil, said: “Today we celebrate the abolition of cruel year-long dog poisoning tests for pesticides in Brazil and worldwide. This and other changes to Brazilian regulations are a life-saving victory for animals, yet it’s disgraceful that it’s taken authorities 20 years to take action after the uselessness of the dog test was recognized by scientists. This underscores the need for increased dialogue and cooperation with authorities, industry and NGOs like HSI to ensure that continued progress doesn’t take another 20 years.”

HSI began negotiations with ANVISA around pesticide reform in Brazil in 2013, hosting a regulatory science workshop, a webinar and high-level meetings with agency scientists and executive leadership. In response to lengthy delays in publishing the new regulation, HSI launched in 2017 the campaign #AnvisaPoupeVidas, collecting over 160,000 signatures in a matter of weeks, calling for swift action by ANVISA.

Facts:

  • Pesticides are among the most heavily animal-tested substances in existence. For a registration of a single new pesticide “active ingredient” (the poisonous component that makes it effective), it is used on as many as 10,000 rodents, fish, birds, rabbits and dogs in dozens of separate chemical-poisoning tests. Many of these tests are overtly redundant, repeating the same test procedure using two or more different animal species or routes of exposure (oral, inhalation, skin, etc.), the scientific value of which has come under intense scrutiny.
  • The one-year dog toxicity test consists of force-feeding groups of beagle dogs a pesticide chemical every day for an entire year, after which the animals are killed and dissected to examine the chemical’s effects on their internal organs. Based on sound scientific evidence that this long-term poisoning test is completely unnecessary for pesticides safety assessment, every other country that had previously required the test has dropped it.
  • The main features of the new ANVISA norm include: 1) a formal waiver provision process through technical justification that will avoid new testing; 2) acceptance of animal testing alternatives recognized by the Organization for Economic Co-operation and Development; and 3) adoption of the United Nations Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals.

END

Media contact: Antoniana Ottoni, aottoni@hsi.org, +5561981403636

 

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Chicken

SÃO PAULO – A Humane Society International (HSI) aplaude a recente decisão do Walmart, terceiro maior varejista do Brasil, em se comprometer com o bem-estar animal assumindo o compromisso de vender exclusivamente ovos livres de gaiolas em todas as suas lojas no País, a partir de 2028. O anúncio acontece após trabalhar com a HSI e outras organizações de proteção animal. O Walmart e a HSI continuarão trabalhando juntos na implementação dessa política em todas as 471 lojas no Brasil.

Maria Fernanda Martin, gerente de programas e políticas corporativas do departamento de bem-estar dos animais de produção da HSI no Brasil, disse: “Parabenizamos o Walmart por se juntar a outras centenas de empresas de alimentos no Brasil e ao redor do mundo, que se comprometeram a vender e utilizar apenas ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento. Ao adotarem políticas de ovos livres de gaiolas, essas empresas estão se adequando à crescente demanda dos consumidores por produtos com maiores níveis de bem-estar animal, e gerando a mudança na indústria de ovos. Estamos ansiosos por continuar trabalhando com o Walmart nessa importante transição e convidamos outras empresas a juntarem-se a esse movimento global de responsabilidade social corporativa. ”

Esse compromisso irá melhorar as vidas de milhões de galinhas poedeiras no Brasil. Esses animais são normalmente confinados por toda a sua vida em gaiolas tão pequenas que não conseguem sequer esticas suas asas completamente. Sistemas livres de gaiolas geralmente oferecem maiores níveis de bem-estar às aves poedeiras quando comparados a sistemas nos quais gaiolas são usadas, pois permitem que os animais tenham espaço suficiente para andar e expressar comportamentos naturais importantes como botar os ovos em ninhos, forragear, empoleirar e tomar banho de areia.

O Walmart se junta a outras empresas de alimentos que já se comprometeram a utilizar e vender exclusivamente ovos livres de gaiolas no Brasil e em toda a América Latina, incluindo a Unilever, que se comprometeu com uma política global livre de gaiolas a partir de 2025, e a Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, também a partir de 2025. Após trabalhar com a HSI, Burger King e Arcos Dorados (a qual opera a rede McDonald’s no Brasil e em outros 19 países da região) se comprometeram a utilizar 100% ovos livres de gaiolas, assim como outras operadoras de restaurantes, responsáveis por milhares de estabelecimentos no Brasil e na América Latina. A Compass Group (GRSA) e a Sodexo já haviam anunciado previamente um compromisso global livre de gaiolas em parceria com a HSI. A Alsea, maior operadora de restaurantes da América Latina e Espanha, e o Grupo Bimbo, maior empresa de panificação do mundo, anunciaram políticas de ovos livres de gaiolas após anos de trabalho com os especialistas da HSI. Empresas como Kraft-Heinz, International Meal Company (IMC), Cargill, Brazil Fast Food Corporation (BFFC), Subway, Intercontinental Hotels Group, AccorHotels, Marriott International, Hilton Worldwide, Giraffas, Barilla, Divino Fogão, Habib’s, Grupo CRM, Bauducco e Grupo LemosPassos também se comprometeram a utilizar apenas ovos livres de gaiolas no Brasil.

 

Contato de mídia: Maria Fernanda Martin, mfmartin@hsi.org, +55 (11) 9 5770 9922

Humane Society International


Cage-free chickens in Brazil.

SÃO PAULO – A Premiet Pet, uma das maiores empresas de pet food no Brasil, anunciou que utilizará exclusivamente ovos livres de gaiolas em toda a sua cadeia de abastecimento a partir de 2025, tornando-se a primeira empresa do ramo a adotar essa política no Brasil e em toda a América Latina. O anúncio acontece após trabalhar com a Humane Society International (HSI), uma das maiores organizações de proteção animal do mundo, e outras organizações de proteção animal. A Premier Pet e a HSI continuarão a trabalhar juntas na implementação dessa política.

Cristiana F. Ferreira Pontieri, diretora de desenvolvimento de produto da Premier Pet, afirmou: “A adesão à filosofia cage-free representa mais um passo no compromisso da PremieRpet® com o consumo consciente em todos os níveis de atividade e reflete nossa preocupação com o bem-estar animal e a alta qualidade dos insumos. Liderar mais essa iniciativa no Brasil, em alinhamento às tendências globais, atende e fortalece nossos preceitos de práticas mais naturais de produção”.

Maria Fernanda Martin, gerente de programas e políticas corporativas do departamento de proteção aos animais de produção da HSI no Brasil, disse: “Aplaudimos a Premier Pet por se tornar a primeira empresa de pet food no Brasil e na América Latina a se comprometer a utilizar apenas ovos livres de gaiolas, e estamos felizes em continuar trabalhando com eles e seus fornecedores para a implementação dessa política. O compromisso irá aliviar milhares de galinhas poedeiras de uma vida de extremo confinamento, além de enviar uma mensagem inequívoca para a indústria de ovos, de que o futuro da produção é livre de gaiolas. ”

Galinhas poedeiras são, na maioria das vezes, confinadas por toda a vida em gaiolas de arame – chamadas de gaiolas em bateria. Essas gaiolas são tão pequenas que os animais não podem sequer esticar suas asas completamente. Sistemas de produção de ovos livres de gaiolas tipicamente oferecem maiores níveis de bem-estar animal às galinhas, permitindo que as aves expressem mais comportamentos naturais, podendo se movimentar livremente, botar ovos em ninhos, empoleirar-se e abrir suas asas completamente.

A Premier Pet se une a líderes da indústria alimentícia que também se comprometeram a utilizar exclusivamente ovos livres de gaiola no Brasil e em toda a América Latina. A Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, e a Unilever se comprometeram com cadeias de abastecimento livres de gaiolas a partir de 2025. Depois de trabalhar com a HSI, Burger King e Arcos Dorados – empresa que opera os restaurantes do McDonald’s no Brasil e em mais 19 países na região – se comprometeram com uma cadeia de fornecimento de ovos 100% livre de gaiolas, como fizeram outras grandes operadoras de restaurantes, totalizando milhares de restaurantes no Brasil e na América Latina. Empresas líderes em serviços de alimentação, incluindo a Compass Group (GRSA), a Sodexo, a Sapore, e o Grupo Lemos Passos também anunciaram políticas de compra exclusiva de ovos livres de gaiolas em parceria com a HSI. A Alsea, maior operadora de restaurantes da América Latina e da Espanha, e o Grupo Bimbo, maior grupo de panificação do mundo, anunciaram políticas livres de gaiolas após vários anos de trabalho com a HSI. Empresas como a Kraft-Heinz, a International Meal Company (IMC), a Cargill, a Brazil Fast Food Corporation (BFFC), o Subway, a Intercontinental Hotels Group, a AccorHotels, o Marriott International, o Hilton Worldwide, o Giraffas, a Barilla, o Divino Fogão, o Habib’s, o Grupo CRM e a Bauducco também se comprometeram com a compra de ovos livres de gaiolas no Brasil.

 

 

Contato de mídia: Maria Fernanda Martin, mfmartin@hsi.org, +55 (11) 9 5770 9922

Avanço sem precedentes da 2ª maior marca de beleza do mundo aclamada como “início do fim dos cosméticos cruéis”

Humane Society International


Dra Schwartz/istock

BRASILIA–A gigante dos cuidados pessoais Unilever anunciou seu apoio à campanha #BeCrueltyFree (#Libertesedacrueldade) liderada pela Humane Society International, Humane Society dos Estados Unidos e o Fundo Legislativo da Humane Society que tem por finalidade proibir os testes em animais para cosméticos no mundo inteiro nos próximos cinco anos, incluindo uma nova e ambiciosa colaboração visando a aceleração da aceitação de abordagens modernas e que não utilizam animais para avaliar a segurança para o consumidor.

A Unilever, conhecida por suas marcas populares tais como a Dove, a Degree e a TRESemmé, é a segunda maior empresa de beleza do mundo, e a primeira no top 10 do setor a apoiar ativamente a reforma legislativa para proibir os testes em animais para cosméticos. As organizações esperam que essa colaboração venha a acelerar a mudança nas políticas no setor de cosmética mundial, visando a proibição total de testes em animais em 50 grandes mercados de beleza do mundo todo até 2023.

O Vice-Presidente de Pesquisa & Toxicologia da HSI Troy Seidle disse: “Toda empresa vai dizer que apoia alternativas a testes em animais para cosméticos, mas a Unilever é a primeira das gigantes da beleza a se empenhar firmemente nesta proibição. São centenas de milhares de animais ainda sendo usados em testes de toxicidade com fins cosméticos a cada ano ao redor do mundo; a Unilever deve ser louvada por se unir à Humane Society International para acabar com essa crueldade de uma vez por todas. Nós encorajamos outras grandes marcas do mercado de beleza a seguir o exemplo e se unir a nós no lado certo da história.”

A nova colaboração com a HSI incluirá:

  • O apoio da Unilever ao relatório apresentado pela Senadora Gleisi Hoffmann que altera o Projeto de Lei PLC 70/2014, proibindo tanto os testes em animais para cosméticos, como a venda de cosméticos que foram testados em animais após a proibição entrar em efeito, em consonância com o precedente estabelecido pela União Europeia.
  • O lançamento de uma colaboração plurianual e aberta para desenvolver capacidades entre as empresas e autoridades regulatórias, de forma que as decisões sobre segurança para os cosméticos sejam baseadas exclusivamente em abordagens que não utilizam animais.
  • O investimento no treinamento de futuros cientistas que trabalham em avaliações de risco com tecnologias da ‘nova geração’ e que não utilizam animais, para criar competências em longo prazo.

O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Unilever David Blanchard acrescentou: “Estamos muito felizes em colaborar com a Humane Society International para dar um fim à era dos testes em animais para cosméticos, e convidamos outras empresas, reguladores, e outras partes interessadas a se unir a nós nessa iniciativa tão importante.”

Até agora, 37 países ao redor do mundo já aprovaram legislação para proibir, total ou parcialmente, os testes em animais para cosméticos. A campanha #Libertesedacrueldade da HSI teve papel crucial em garantir a implementação da fase final da proibição na União Europeia em 2013, e nas vitórias subsequentes na Índia, Taiwan, Guatemala, Nova Zelândia, Coreia do Sul e em sete estados no Brasil. Hoje, a HSI e seus parceiros estão impulsionando mais 10 esforços para aprovar legislação na Austrália, Brasil, Canadá, Chile, México, Filipinas, África do Sul, Sri Lanka, Vietnã e nos Estados Unidos por meio da Humane Society dos Estados Unidos e do Fundo Legislativo da Humane Society.

A HSI prevê que o próximo país na fila para proibir a crueldade nos cosméticos poderia ser o Brasil; com o Projeto de Lei 70/2014 quase aprovado nas duas casas do legislativo, dependendo apenas de uma discussão final e votação no Senado Federal, o que deve acontecer nas próximas semanas. Na sequência, as emendas do Senado devem ser aceitas pela Câmara dos Deputados, e finalmente pelo Presidente. Segundo pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) feita pela HSI, 66% dos brasileiros apoia uma proibição nacional de testes em animais para cosméticos e seus ingredientes, e 61% concordam que testar novos cosméticos em animais não justifica o sofrimento dos mesmos. Os brasileiros que desejem apoiar essa legislação devem contatar seus parlamentares via senado.leg.br/transparencia/LAI/secrh/parla_inter.pdf.

Fatos:

  • Os testes em animais realizados no setor de cosméticos incluem experimentos de irritação dos olhos e da pele, nos quais um produto ou ingrediente cosmético é esfregado na pele raspada ou gotejado nos olhos dos coelhos; testes de alergia cutânea usando porquinhos da índia ou camundongos; e estudos de alimentação forçada oral que duram semanas ou meses. Estes testes causam dor e desconforto consideráveis, que podem incluir cegueira, olhos inchados, pele com sangramento, hemorragias internas, lesões nos órgãos, convulsões e morte. Analgésicos raramente são fornecidos, e ao final de um teste os animais são eutanaziados, normalmente por asfixia, quebra do pescoço ou decapitação.
  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Brasil exige que todos os cosméticos e outros produtos de cuidados pessoais vendidos no Brasil sejam seguros quando usados com os fins pretendidos, mas não exige especificamente que sejam feitos testes em animais para comprovar a segurança.
  • Mais de 70% dos produtores de cosméticos no Brasil estão nos sete estados onde já há leis proibindo os testes em animais para cosméticos.
  • A partir de junho de 2019, a resolução normativa nº18 do CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) tornará compulsório o uso de métodos alternativos no país.

A posição da Unilever sobre abordagens alternativas aos testes em animais (outubro de 2018) pode ser acessada aqui.

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Contato mídia: Antoniana Ottoni, t +556198140-3636, aottoni@hsi.org

“O lado feio da indústria da beleza está em plena luz", diz Humane Society International, que apela para que marcas éticas defendam as leis estaduais

Humane Society International


Viorel Simaj/istock

BRASÍLIA—Proeminentes empresas de cosméticos representadas pela Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) tomaram medidas agressivas contra a beleza “cruelty-free” ao submeter duas ações diretas de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 23 de agosto, pedindo que as leis estaduais do Rio de Janeiro e do Amazonas, que proíbem a utilização de animais para testar produtos e ingredientes cosméticos, sejam declaradas inconstitucionais. Ao mesmo tempo, a ABIHPEC também persiste em obstruir uma lei semelhante a nível federal. Um total de sete estados brasileiros já proibiram testes de cosméticos em animais, associando cerca de 70% da indústria nacional a um modelo de produção cruelty-free.

O gerente de campanha da Humane Society International, Helder Constantino, disse: “Essa manobra cínica de declarar ser contra testes de cosméticos em animais e, ao mesmo tempo, fazer tudo para bloquear o progresso a nível federal e derrubar leis conquistadas nos estados revela o lado feio do setor cosmético. A HSI convida as marcas progressistas a trabalhar conosco para alcançar uma proibição nacional dessas práticas cruéis no Congresso e resolver essa disputa uma vez por todas.”

A ABHIPEC é uma associação industrial representando as grandes empresas cosméticas estabelecidas no Brasil. Em suas ações, a ABIHPEC pede ao STF que suspenda imediatamente as leis estaduais até se pronunciar sobre estas. Se as leis dos estados do Rio de Janeiro e do Amazonas forem julgadas inconstitucionais pelo STF, leis similares em São Paulo, Minas Gerais, Pará, Paraná e Mato Grosso do Sul poderão também ser consideradas inconstitucionais, o que significa que o uso de animais para testar cosméticos poderá ser reintroduzido nesses estados no futuro. A HSI ofereceu sua ajuda e sua perícia às equipes jurídicas das assembleias e dos governos do Rio de Janeiro e Amazonas para que se defendam contra essas ações. A HSI está confiante de que esse combate de retaguarda liderado pela indústria irá falhar à luz dos poderes conferidos pela Constituição aos estados em questões ambientais.

A HSI escreveu para todas as empresas representadas no Conselho deliberativo da ABIHPEC para solicitar esclarecimentos sobre o seu papel em fornecer apoio e financiamento para essas ações legais. A maioria não respondeu ou se recusou a se distanciar dessas ações legais. Até agora, Natura, Baruel e Procter & Gamble são as únicas empresas a terem rejeitado expressamente a ação da ABIHPEC por escrito. A HSI aplaude essas empresas por terem escolhido não apoiar uma ação retrógrada que contraria os desejos dos consumidores e a tendência mundial de acabar com esses testes dolorosos e antiéticos.

No mundo, os testes de cosméticos em animais foram proibidos em 37 países, incluindo o bloco da União Europeia, Israel, Índia, Noruega, Suíça, Taiwan, Nova Zelândia e Guatemala. Leis semelhantes estão sendo debatidas nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Chile, África do Sul e outros países. Ações diretas de inconstitucionalidade da ABIHPEC no STF:

FIM

Contato de mídia: Helder Constantino, (22) 2623 2599, hconstantino@hsi.org

Humane Society International


Douglas Hoffman/www.douglasjhoffman.com

FLORIANÓPOLIS, Brasil—O que se segue é a declaração de abertura da Humane Society International no início da 67ª reunião da Comissão Internacional da Baleia:

A Comissão Internacional Baleeira (CBI), assim como a Convenção Internacional para a Regulamentação da Pesca da Baleia, documento que a estabeleceu, surgiu no momento em que houve uma compreensão e reconhecimento do enorme prejuízo causado pela caça comercial à população dos cetáceos ao redor do mundo.

A atribuição da Comissão sempre foi difícil; e tornou-se ainda mais complicada frente às mudanças de atitudes em relação às baleias e às atividades baleeiras, à expansão de nosso entendimento sobre a população dos cetáceos pelo mundo, e de nossa avaliação a respeito dos riscos à sua sobrevivência.

Em 1946, poucos questionavam a legitimidade da caça às baleias, portanto parecia adequado à época regular esta atividade por meio de um acordo internacional.

No entanto, mesmo naquela época, a Convenção já igualmente enfatizava a conservação das baleias; fato este ocorrido muito antes desse pensamento se tornar majoritário. Isso foi uma fantástica predição, considerando as suas origens. E isso fez toda a diferença.

Hoje, três quartos de século se passaram, a conservação é a norma, e a adoção pela Comissão de uma moratória global sobre a caça comercial à baleia, que poupou milhares de animais é sabidamente um marco importante de sucesso.

O mundo era outro em 1946, e hoje, acredita-se que a caça às baleias apenas pode ocorrer de forma rara e em circunstâncias especiais – especificamente as relativas à subsistência de aborígines, quando necessidades humanas genuínas estão em risco.

Há quase consenso universal de que a caça comercial às baleias é insustentável biológica e economicamente, que causa sofrimento inaceitável e que as baleias merecem e devem receber a proteção mais completa possível.

Após quase trinta anos da adoção, a moratória da atividade baleeira é a base de referência para as deliberações globais em relação a esses animais.

Acreditamos que a CBI não deve considerar nem adotar qualquer proposta que venha a colocar em risco os enormes ganhos obtidos pela moratória da caça comercial às baleias.

Em boa fé que pedimos àqueles poucos países que ainda praticam este tipo de caça que respeitem o julgamento da comunidade das nações, a história, e o fato de que a moratória foi e continua sendo a melhor ferramenta já adotada para garantir a recuperação das populações de baleias e prevenir o seu declínio futuro.

À luz do seu impacto histórico, os esforços constantes de algumas nações para acabar com a moratória dentro da própria Comissão tornaram-se cada vez mais falaciosos.

Críticas de que a Comissão seria disfuncional, propostas para mudar o Cronograma para permitir a caça comercial, campanhas para o reconhecimento de uma nova forma de caça à baleia (baleação costeira de pequeno porte), exigência de expansão e comercialização das cotas de subsistência dos aborígenes, recusa em respeitar os santuários existentes ou aceitar a criação de novos e, a continuidade da caça às baleias sob exceção de vários países membros – tudo isso, nada mais é que um ataque à integridade da CBI e a Convenção.

Tome medidas agora para ajudar as baleias.

Essas ações constituem um desperdício de tempo e impedimento para a realização do trabalho urgente da CBI de garantir a recuperação e a boa saúde das populações de baleias em todo o planeta.

Nas últimas décadas, a Comissão avançou consolidando uma ampla e crescente agenda de trabalho a fim de melhor compreender e mitigar as ameaças aos cetáceos em nossos oceanos que estão em uma grande degradação.

Essas ameaças incluem também outros impactos provocados pelos humanos à sobrevivência das baleias – poluição e degradação de seu habitat, doenças emergentes, ruídos marinhos, colisões de navios e, sem dúvida, o mais importante de todos, o fato das baleias se enredarem nos materiais de pesca.

Com esses riscos aumentando a cada ano, seria uma atitude irresponsável da Comissão fazer qualquer coisa senão o de reforçar a moratória da caça comercial de baleias.

Especialmente à luz do que estamos aprendendo sobre o curso provável das mudanças climáticas globais, a CBI e seus membros têm a obrigação coletiva de adotar uma abordagem de precaução em relação ao tema.

Nunca, fomos tão claros quanto à necessidade da boa vontade dos países baleeiros. Nunca, antes, precisamos tanto do compromisso destes países para a continuidade da moratória da caça comercial às baleias. Nunca, antes, foi tão importante que os países membros da CBI trabalhem em conjunto para garantir a maior proteção possível para os cetáceos, e fazer dos oceanos um lugar mais seguro para que eles vivam.

Estamos orgulhosos de participar da CBI para observar e ajudar no desenvolvimento do trabalho desta instituição, que é urgente, essencial e efetivo no que concerne à conservação e ao bem-estar dos cetáceos. Está claro para nós, e para mais de 100.000 pessoas de diversos países que assinaram o apelo abaixo em apenas 14 dias, o que se espera da CBI é uma agenda orientada para o futuro e para a conservação.

“Acredito que a caça comercial de baleias é cruel, desnecessária e irresponsável. Eu apoio o apelo da Humane Society International para que todos os países membros da CBI se posicionem contrários à proposta do Japão de retomar as suas atividades de caça comercial. As baleias já enfrentam muitas ameaças, e o retorno a essa prática comercial baleeira é a última coisa que elas precisam.”

FIM

Contato de mídia: Wendy Higgins, Director of International Media, HSI/UK, whiggins@hsi.org

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