São Paulo—O Grupo Ráscal, uma rede de restaurantes de alto padrão, que opera os restaurantes Ráscal, Cortés e Tuju, comprometeu-se a comprar exclusivamente ovos livres de gaiolas em toda a sua cadeia de abastecimento a partir de 2025. Essa política segue conversa com a Humane Society International (HSI) e outras organizações de proteção animal.
No Brasil, galinhas poedeiras são geralmente confinadas por toda a vida em gaiolas de arame – chamadas de gaiolas em bateria. Essas gaiolas são tão pequenas que os animais não podem sequer esticar suas asas completamente. Tanto o senso comum quanto a ciência concordam que imobilizar os animais por praticamente toda a vida causa angústia e dor física significativa.
O uso de gaiolas em bateria convencionais para galinhas poedeiras já foi proibido ou está em processo de eliminação em todos os estados membros da União Europeia, seis estados norte-americanos, Canadá, Nova Zelândia e Butão. A maioria dos estados da Índia, terceiro maior produtor mundial de ovos, declarou que o uso de gaiolas em bateria viola a legislação federal de bem-estar animal, e o país está discutindo uma proibição nacional.
O Grupo Ráscal se une a outras empresas do setor alimentício que já se comprometeram a comprar exclusivamente ovos livres de gaiolas no Brasil e em toda a América Latina, incluindo a Unilever, que se comprometeu com uma cadeia global de abastecimento de ovos livres de gaiolas a partir de 2020 e a Nestlé, a maior empresa de alimentos do mundo, a partir de 2025. Depois de trabalhar com a HSI, o Burger King e a Arcos Dorados – que opera o McDonald’s no Brasil e em outros 19 países da região -, comprometeram-se a comprar 100 por cento de ovos livres de gaiolas, assim como outros operadores de restaurantes, responsáveis por milhares de restaurantes no Brasil e na América Latina.